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Ministro de Minas e Energia diz descartar, por enquanto, horário de verão em 2023

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O futuro do horário de verão no Brasil: Ministro de Minas e Energia descarta adoção em 2023

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), descartou, por enquanto, a adoção do horário de verão em 2023. O ministro fez as declarações a jornalistas nesta quarta-feira (27).

"Por enquanto, não tem sinais nenhum nesse sentido. Nós estamos com nossos reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos", disse.

Segundo Silveira, o horário de verão só será implementado neste ano "evidências de necessidade".

A área técnica do Ministério de Minas e Energia avalia não ser necessário retomar o horário de verão este ano. Contudo, a decisão não cabe à pasta.

O horário de verão está suspenso por decreto desde 2019, no governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na ocasião, o governo afirmou que o adiantamento dos relógios em uma hora perdeu a "razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico" por conta de mudanças no padrão de consumo e de avanços tecnológicos, que alteraram o pico de consumo de energia.

O histórico do horário de verão no Brasil

O horário de verão no Brasil foi instituído pela primeira vez em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas. A principal finalidade era aproveitar a luz natural do dia para reduzir o consumo de energia elétrica.

A prática foi adotada de forma regular a partir de 1985, com algumas interrupções ao longo dos anos por questões técnicas e econômicas. No entanto, desde 2019, o horário de verão está suspenso por decreto.

A justificativa da época foi a mudança no padrão de consumo e os avanços tecnológicos que alteraram o perfil de consumo energético do país.

Ao acordo com a economia de energia

Uma das principais vantagens do horário de verão era a economia de energia elétrica. Com o adiantamento do relógio, as pessoas aproveitavam a luz natural do dia por mais tempo, reduzindo a necessidade de acender as luzes artificiais.

O horário de verão também trazia benefícios para o setor produtivo, como a indústria e o comércio. Com mais horas de luz natural, as empresas conseguiam ampliar o expediente e reduzir os gastos com energia elétrica.

No entanto, nos últimos anos, essa economia de energia passou a ser questionada. Estudos contraditórios apontam que, com a popularização dos aparelhos eletrônicos, como o ar condicionado e a geladeira, o consumo energético aumentou durante o horário de verão.

Além disso, o avanço tecnológico permitiu uma maior eficiência energética nos aparelhos, reduzindo o consumo em comparação com décadas atrás. Essas mudanças no perfil de consumo de energia tornaram o horário de verão menos relevante para a economia energética do país.

A decisão do ministro de Minas e Energia para 2023

O ministro Alexandre Silveira enfatizou que, por enquanto, não há sinais de que o horário de verão seja adotado em 2023. Ele destacou que os reservatórios de energia estão em um bom momento, o que não justifica a implementação do horário de verão.

No entanto, mesmo com a avaliação da área técnica do Ministério de Minas e Energia de que não seja necessário retomar a prática, a decisão final não cabe à pasta. Caberá ao governo avaliar as evidências de necessidade e decidir sobre a adoção ou não do horário de verão.

O futuro do horário de verão e as mudanças no setor elétrico

A suspensão do horário de verão em 2019 foi uma decisão baseada em mudanças no setor elétrico e no padrão de consumo de energia. O avanço da tecnologia, a popularização de dispositivos eletrônicos e a melhoria da eficiência energética contribuíram para que o horário de verão perdesse sua relevância.

Além disso, a forma como a energia é gerada e distribuída também sofreu transformações. A matriz energética brasileira passou a contar com um maior percentual de energia de fontes renováveis, como a eólica e a solar, reduzindo a dependência das fontes tradicionais, como a hidrelétrica.

Essas mudanças no setor elétrico e no padrão de consumo de energia tornam necessário um olhar mais aprofundado sobre a necessidade ou não do horário de verão no país.

Conclusão

O horário de verão no Brasil tem sido um tema constantemente discutido, e a decisão de adotar ou não a prática depende de uma análise criteriosa do setor elétrico e do padrão de consumo de energia. Com as mudanças tecnológicas e o avanço da eficiência energética, o horário de verão perdeu sua relevância para a economia de energia no país.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou a adoção do horário de verão em 2023, destacando que os reservatórios de energia estão em um bom momento. A decisão final caberá ao governo, que avaliará as evidências de necessidade para tomar uma decisão sobre a prática.

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