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Onda de calor provoca morte de galinhas em região produtora de SP e impacta preço de ovos, aponta USP de Piracicaba; entenda cenário

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A onda de calor impacta a produção e venda de ovos em São Paulo

Introdução

A onda de calor registrada nos últimos dias de inverno em todo o estado de São Paulo e grande parte do Brasil impactou diretamente a produção e venda de ovos na maioria das praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da USP em Piracicaba (SP) na segunda quinzena de setembro. O estresse térmico levou à morte de galinhas, causando repercussões no mercado avícola.

Análise dos impactos

Em Bastos (SP), no interior do estado, produtores consultados pelo instituto relataram a morte de até 400 galinhas por dia durante esse período. A tendência, entretanto, é de melhora para o início de outubro, conforme aponta um analista do setor.

Por que o preço do ovo caiu?

A combinação do clima extremamente quente, com temperaturas máximas de 40ºC entre os dias 23 e 28 de setembro, e um mercado mais lento devido à procura enfraquecida, comum neste período e oferta abundante fizeram com que os preços dos ovos recuassem em até quase 8% dentro desse mês.

Alimento perecível

Por ser um alimento perecível, os produtores resolveram dar mais descontos para poder escoar os estoques. Em 14 de setembro, o preço dos ovos comerciais na caixa com 30 dúzias era de R$ 145. No último dia 28, o valor chegou a R$ 134, uma redução de 7,6%. Essa medida foi necessária devido ao mercado estar lento nos últimos dias, o que também acabou elevando os estoques. Além disso, os agentes compradores pressionaram os valores da proteína, considerando seu menor tamanho e vida útil.

Tendência

De acordo com especialistas, a perspectiva é de melhora no cenário do mercado de ovos para os primeiros dias de outubro. A relação oferta e demanda também deverá ser diferente. No entanto, é importante ressaltar que nem todos os produtores consultados pelo Cepea foram impactados pela onda de calor, já que muitos possuem galpões climatizados.

Queda atípica no inverno

O valor comercial dos ovos, que já registrava movimento de queda, continuou em recuo no último trimestre, mesmo no inverno. Os preços chegaram a registrar baixa de até 23,5% entre junho e agosto. Geralmente, as ondas de calor afetam mais a produção no verão. No entanto, o estresse térmico também influenciou no tamanho dos ovos e na escolha do produto pelos consumidores.

Conclusão

A onda de calor impactou negativamente a produção e venda de ovos em São Paulo, levando à morte de galinhas e à redução dos preços. Frente ao estresse térmico, os produtores tiveram que conceder descontos para escoar os estoques, resultando em prejuízos para o setor. No entanto, espera-se uma melhora no cenário para os primeiros dias de outubro, com a tendência de recuperação da oferta e demanda.

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