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Para reduzir uso de plástico na restauração florestal, Instituto de Pesquisas Ecológicas utiliza 'ecopotes' para plantar mudas de árvores nativas da Mata Atlântica

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Produção de mudas nativas do bioma Mata Atlântica de forma sustentável através dos "ecopotes"

O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), com o objetivo de reduzir o uso de plástico em seus viveiros, está substituindo gradualmente os tubetes de plástico pelos "ecopotes" para a produção de mudas nativas do bioma Mata Atlântica. Essa mudança visa contribuir para a sustentabilidade do processo de restauração florestal.

O coordenador de implementação de projetos de restauração florestal do IPÊ, o biólogo Haroldo Borges Gomes, explica que os "ecopotes" são tubos de substrato envolvidos em papel biodegradável, construídos a partir de fibras orgânicas. O substrato utilizado nos "ecopotes" é o mesmo utilizado nos tubetes de plástico. No entanto, o volume de substrato utilizado nos "ecopotes" é menor, pois o material precisa ser mais fino para se adequar ao equipamento de corte.

Um dos principais benefícios ambientais dos "ecopotes" é a sua capacidade de degradação, ao contrário dos tubetes de plástico que podem levar centenas de anos para se decompor. "O grande ganho ambiental é, exatamente, essa questão de não gerar resíduos plásticos. Essa mudança tem um ganho ambiental muito grande, porque você está usando um produto realmente biodegradável, de natureza mais orgânica na composição", afirma Gomes.

O IPÊ planeja realizar a produção dos "ecopotes" nos seus viveiros, substituindo gradualmente os tubetes de plástico. A estimativa é substituir, pelo menos, 20% dos tubos plásticos pelos "ecopotes" nos oito viveiros comunitários existentes em Mirante do Paranapanema (SP) e Teodoro Sampaio (SP) até 2024. Esses viveiros produzem cerca de 2,2 milhões de mudas de 100 espécies nativas diferentes da Mata Atlântica.

O uso de plástico na produção de mudas tem sido uma preocupação crescente, já que o descarte inadequado desse material pode causar danos ambientais significativos. Além disso, o uso de plástico em larga escala contribui para a poluição do solo e da água, bem como para a emissão de gases de efeito estufa durante a produção e descarte.

A substituição dos tubetes de plástico pelos "ecopotes" é uma alternativa mais sustentável, uma vez que o papel utilizado na sua composição é biodegradável e pode ser facilmente decomposto no solo. Isso reduz o impacto negativo no meio ambiente, especialmente nos processos de restauração ecológica, que têm como objetivo proteger e recuperar áreas degradadas.

Além da preocupação com o impacto ambiental, a transição para os "ecopotes" também traz benefícios econômicos para o IPÊ. A produção dos "ecopotes" nos próprios viveiros reduz os custos, uma vez que não é necessário adquirir os tubetes de plástico de fornecedores externos.

Em resumo, a substituição gradual dos tubetes de plástico pelos "ecopotes" nos viveiros do IPÊ para a produção de mudas nativas do bioma Mata Atlântica é uma iniciativa sustentável e que contribui para a preservação do meio ambiente. Essa mudança demonstra a responsabilidade do instituto em adotar práticas mais amigáveis ao meio ambiente e serve de exemplo para outras instituições e produtores que desejam reduzir seu impacto ambiental.

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