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54% das vagas de emprego destinadas a jovens aprendizes no Brasil não estão preenchidas; projeto catarinense tenta ajudar a ocupar parte delas

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Um levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego revela a falta de oportunidades para jovens aprendizes no Brasil

Um levantamento realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revela uma preocupante realidade no país: mais da metade das vagas previstas para jovens aprendizes nas empresas estão desocupadas. De acordo com o estudo, são mais de 540 mil oportunidades que deveriam ser destinadas a esses jovens, mas que ainda não foram preenchidas.

Essa situação é ainda mais alarmante quando consideramos que a ocupação dessas vagas está prevista por lei. Segundo determinações legais, as empresas devem reservar uma porcentagem de suas vagas (de 5% a 15%) para jovens aprendizes entre 14 e 24 anos que estejam estudando ou que já tenham concluído o ensino médio. No entanto, a realidade mostra que muitas empresas não estão cumprindo essa obrigação.

O projeto "Rito de Passagem" busca inserir os jovens no mercado de trabalho

Na grande Florianópolis, um projeto chamado "Rito de Passagem" busca preparar os jovens para sua inserção no mercado de trabalho. Essa iniciativa auxilia pessoas com idade entre 14 e 22 anos a conseguirem emprego na capital catarinense. Os jovens participantes têm aulas de cidadania, informática, linguagens, arte e cultura, além de aprenderem a aprimorar suas habilidades de comunicação.

No primeiro semestre deste ano, 231 estudantes participaram do projeto "Rito de Passagem". No entanto, mesmo com essa capacitação, 150 deles ainda não conseguiram uma oportunidade de emprego como jovens aprendizes. Isso revela que, embora exista mão de obra qualificada, ainda não há espaço para todos.

A falta de cumprimento da lei e suas consequências

A auditora fiscal do trabalho Luciana Carvalho relata que, somente neste ano, mais de 5 mil empresas foram multadas no Brasil por descumprirem a legislação que prevê a contratação de jovens aprendizes. No entanto, muitas empresas ainda veem essa aprendizagem profissional como um custo e não como uma oportunidade para a continuidade de seus negócios.

Ao término do programa de aprendizagem, esses jovens se tornam mão de obra qualificada, preparada para o mercado de trabalho. É importante que as empresas enxerguem esse potencial e considerem a possibilidade de efetivar esses jovens como funcionários, beneficiando tanto as organizações quanto os próprios aprendizes.

Conclusão

O levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego mostra que ainda há uma grande falta de oportunidades para jovens aprendizes no Brasil. Mesmo diante das determinações legais, muitas empresas ainda não cumprem sua obrigação de destinar uma porcentagem de vagas para esses jovens. Projetos como o "Rito de Passagem" são importantes, pois capacitam e preparam esses jovens para o mercado de trabalho, mas, sem espaços disponíveis, a mão de obra qualificada fica sem oportunidades.

É fundamental que tanto o governo quanto as empresas se unam para criar incentivos e facilitar a contratação de jovens aprendizes. Promover a inclusão desses jovens no mercado de trabalho não apenas cumpre a lei, mas também contribui para a formação de uma sociedade mais justa e com oportunidades iguais para todos.

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