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BBC diz que cada transação de Bitcoin consome “uma piscina de água”

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O consumo de água da mineração de Bitcoin

No artigo publicado nesta quarta-feira (29) pela BBC, foi revelado que cada transação de Bitcoin consome uma quantidade significativa de água. De acordo com a emissora, a mineração dessa criptomoeda consumiu cerca de 1,6 trilhões de litros d?água ao longo de 2021. Esses dados são baseados em um estudo realizado por Alex de Vries, autor que já havia previsões equivocadas sobre o consumo de eletricidade pelo Bitcoin.

Segundo o estudo, uma única transação de Bitcoin utiliza 6 milhões de vezes mais água do que uma transação comum de cartão de crédito. Isso se deve ao fato de que a água é utilizada no controle de temperatura dos equipamentos mineradores e também como um meio de umidificar o ar. Além disso, a geração de energia é outro fator de alto consumo hídrico na mineração de Bitcoin.

Ao longo dos anos, a pegada hídrica do Bitcoin tem aumentado de forma expressiva. O estudo revela que, em comparação a 2020, o consumo de água do Bitcoin em 2021 aumentou em 166%. Diversas mineradoras buscaram soluções mais "verdes" para apoiar suas operações, como o uso de hidroelétricas como fonte de energia.

Assim como o Greenpeace, Alex de Vries sugere que o Bitcoin mude seu código, abandonando o modelo conhecido como Prova de Trabalho (Proof-of-Work). A mudança para um modelo mais eficiente e sustentável, como o adotado pelo Ethereum no ano passado, poderia reduzir significativamente o consumo de água na mineração de Bitcoin. No entanto, a implementação dessa mudança no Bitcoin é mais complexa devido à sua estrutura de gestão descentralizada.

A comunidade reagiu a esse estudo de diferentes maneiras. Alguns questionaram a credibilidade de Alex de Vries, lembrando que suas previsões passadas sobre o consumo de eletricidade pelo Bitcoin estavam completamente equivocadas. Além disso, investidores e membros da comunidade também brincaram com a manchete da BBC nas redes sociais, criando memes sobre a "pegada hídrica" do Bitcoin.

Embora existam críticas sobre o consumo de energia associado ao Bitcoin, o estudo agora revela um problema adicional relacionado ao consumo de água dessa criptomoeda. É possível que futuras pesquisas abordem o impacto da mineração de Bitcoin na poluição do ar, ampliando ainda mais as discussões em torno dessa tecnologia.

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