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Marília Mendonça: 'conclusões injuriosas', diz advogado da família de piloto responsabilizado pela polícia por queda de avião

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O advogado Sérgio Alonso questiona a conclusão da investigação sobre acidente que vitimou Marília Mendonça

O advogado Sérgio Alonso, responsável pela defesa da família do piloto Geraldo Medeiros, que conduzia a aeronave que caiu e vitimou a cantora Marília Mendonça, expressou sua insatisfação com a conclusão da Polícia Civil de Minas Gerais. Segundo Alonso, a investigação atribuiu o acidente aos condutores do avião sem base nas provas técnicas, o que considera "injurioso". O acidente ocorreu em novembro de 2021 e resultou na morte de cinco pessoas, incluindo os pilotos.

As providências tomadas após o acidente

O advogado Sérgio Alonso informou que após o acidente, algumas providências foram tomadas no local:

  • Em 1° de setembro de 2023, a Companhia Energética Minas Gerais (Cemig) sinalizou a linha de transmissão, seguindo uma recomendação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa);
  • O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Descea) elaborou a Carta de Aproximação Visual;
  • O Decea elevou a altitude do tráfego padrão para 1350 pés, considerando que a altitude anterior era a mesma da linha de transmissão.

A conclusão da Polícia Civil de Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que os pilotos da aeronave eram responsáveis pelo acidente. No entanto, como eles faleceram no acidente, não poderão ser punidos, e o caso foi arquivado. O delegado de Caratinga, Ivan Lopes, afirmou que a investigação encontrou indícios de negligência e imprudência por parte do piloto, Geraldo Medeiros, e do copiloto, Tarciso Viana. Segundo Lopes, não foi feito contato com outros profissionais para a realização do pouso no aeródromo, que era desconhecido pelos pilotos, o que é um procedimento comum.

A polícia considerou que houve homicídio culposo (quando não há intenção de matar), triplamente qualificado por parte dos pilotos, mas a extinção da punibilidade ocorreu em função da morte dos dois tripulantes. Outras possibilidades, como falha mecânica, mal súbito ou atentado, foram descartadas durante a investigação.

O relatório do Cenipa

Em maio de 2022, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, apresentou um relatório em que descartava a falha mecânica como causa do acidente. O relatório apontou que uma "avaliação inadequada" por parte do piloto contribuiu para o acidente. Segundo o Cenipa, os pilotos estavam focados na pista de pouso e não conseguiram visualizar os cabos de alta tensão, que estavam abaixo de sua linha de visão e tinham baixo contraste com a vegetação ao redor.

No entanto, as investigações mostraram que não havia necessidade de sinalização da estrutura, já que a linha de transmissão não estava na zona de proteção do aeródromo. Além disso, sua altura era inferior a 150 metros, o que não representava risco à segurança das aeronaves. Mesmo assim, em setembro de 2023, a Cemig instalou uma esfera de sinalização no cabo de uma torre de distribuição onde ocorreu o acidente, atendendo a uma recomendação do Cenipa e do Comando Aéreo.

O acidente aéreo em Piedade de Caratinga

No dia 5 de novembro de 2021, a aeronave que transportava a equipe da cantora Marília Mendonça caiu em Piedade de Caratinga. A aeronave estava em situação regular e tinha autorização para fazer táxi aéreo. O acidente resultou na morte da cantora, dos pilotos Geraldo Medeiros e Tarciso Viana, do produtor Henrique Ribeiro e do tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho. Segundo a Polícia Civil, todos foram vítimas de politraumatismo contuso.

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