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Polícia prende segundo suspeito de atirar contra morador de assentamento no Marajó; vereador segue detido

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A tentativa de homicídio em um assentamento de Portel, no Marajó

No dia 26 de janeiro, a polícia prendeu o segundo suspeito de envolvimento na tentativa de homicídio contra um morador de um assentamento em Portel, no Marajó. Além dele, um vereador da cidade também está detido por envolvimento no crime.

Os eventos

Os dois suspeitos estavam juntos quando abordaram a vítima em casa. O morador de 29 anos foi atingido por dois tiros, um deles pelas costas. A possível motivação segue em investigação pela polícia.

A vítima precisou ficar internada e, nesta sexta-feira (29), já estava na casa de uma familiar. No entanto, uma das balas continua alojada no peito. O médico informou à família que o procedimento de retirada pode ser arriscado.

O crime ocorreu no assentamento agroextrativista Acangatá. A vítima foi abordada pelo vereador e pelo outro homem quando estava em casa. Segundo o boletim de ocorrência, o vereador teria dado um "mata-leão" no morador, que ao tentar fugir, foi atingido por dois tiros, um no peito e outro nas costas. A polícia não confirmou quem da dupla teria atirado.

Prisão dos suspeitos

O vereador Valdeniz Santos da Costa e Ezivandro Flores dos Santos estão presos preventivamente pelo crime de tentativa de homicídio e ficarão à disposição da justiça, informou a Polícia Civil em nota. Eles foram levados para o Sistema Penitenciário de Breves, também no Marajó. Santos é concunhado do vereador, de acordo com o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), que acompanha o caso. As defesas dos investigados ainda não foram contatadas.

Disputa de terras

O caso de invasão de território no assentamento Acangatá não é isolado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Portel, a Comissão Pastoral da Terra do Marajó e outras entidades, casos como esse ocorrem há muito tempo na região. Essas entidades cobram das autoridades que tomem medidas cabíveis em relação à violência ocorrida no assentamento.

O MPPA lamentou o ocorrido e informou que acompanha os conflitos agrários na região. Existem várias ações judicializadas perante à Justiça, com aspectos que envolvem, por exemplo, a exploração madeireira. O MPPA também acionou o Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e aguarda retorno.

Conclusão

O caso de tentativa de homicídio no assentamento de Portel, no Marajó, chama a atenção para a disputa de terras e a violência ocorrida nessas regiões. É essencial que as autoridades tomem medidas necessárias para coibir a invasão de territórios e garantir a segurança dos moradores.

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