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Após briga de motoristas em Ribeirão Preto, psicóloga analisa por que ficamos tão irritados no trânsito

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Uma reflexão sobre o comportamento no trânsito: implicações e consequências de uma briga em Ribeirão Preto (SP)

Uma briga no trânsito em Ribeirão Preto (SP) chamou a atenção de especialistas na última semana para o comportamento de quem está atrás do volante. Um homem e uma mulher se desentenderam, inicialmente, após uma fechada involuntária. Depois de insultos e xingamentos de dentro dos carros, os motoristas trocaram agressões no meio da rua e a situação foi filmada por câmeras de segurança. Ambos ficaram feridos, registraram boletim de ocorrência e passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

Para a psicóloga Lorena Barbosa Cunha Macedo, o comportamento do casal sugere uma reflexão sobre como as pessoas lidam com suas emoções quando estão dirigindo. Segundo a especialista, muitas vezes, problemas que antecederam o momento em que o condutor se senta ao volante contribuem para reações desproporcionais no trânsito.

O incidente em Ribeirão Preto

No caso em Ribeirão Preto, a motorista contou que tinha saído do trabalho na segunda-feira (4) e, ao deixar o estacionamento no Centro, acabou fechando um motorista que seguia pelo cruzamento das ruas Olavo Bilac e General Osório. Segundo ela, não houve batida, mas o homem começou a xingá-la e ela pediu paciência a ele.

Metros à frente do local da fechada, câmeras de segurança registraram que o desentendimento entre os dois continuou. Em determinado momento, a mulher, parada à frente em um cruzamento, deu ré no carro e bateu algumas vezes no veículo de trás.

Depois, ela acelerou para a frente e parou. Neste momento, o motorista do carro atingido desceu e foi até a condutora para tirar satisfação. Ele deu dois tapas, sendo que a mulher filmou com o celular uma parte da agressão. O homem se afastou, e a motorista saltou do carro e partiu para cima dele.

As imagens mostram os dois brigando no meio da rua, enquanto pessoas próximas pararam e tentaram acalmá-los.

A Polícia Militar foi chamada e encaminhou os dois para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) para registro da ocorrência.

A psicóloga Lorena Barbosa Cunha Macedo lembra que em situações de desequilíbrio no trânsito, o carro pode se tornar uma arma.

?O trânsito é um reflexo do que a gente vivencia em vários aspectos, mas a grande questão do trânsito é que um carro é uma arma. A gente precisa ter uma responsabilidade maior no manejo nessa situação. Você pode se colocar em risco e colocar outra pessoa em risco?, afirma.

Por que ficamos tão irritados no trânsito?

Lorena diz que imprevistos no trânsito despertam uma situação de susto que coloca o organismo em conflito.

De acordo com a psicóloga, é nesse momento que deve ser feita uma escolha: agir com intempestividade ou administrar a situação.

Evitar uma pronta-resposta é como fazer um exercício.

?Pedir para a outra pessoa, ?olha, me dá cinco minutos para passar o susto e a gente conversa?. Chamar outras pessoas que estejam próximas se a pessoa estiver sozinha e ficar um pouco receosa. Agora, se o outro motorista estiver muito alterado, evitar uma conversa ali. Vamos chamar a polícia para que possa mediar essa conversa, existem muitas possibilidades. Os acidentes nós não controlamos, infelizmente, mas a forma como a gente vai agir em relação a eles está totalmente dentro da nossa responsabilidade. Quando acontece uma agressão, o controle não existe mais. Isso está dentro da nossa escolha.?

Portanto, é fundamental que os motoristas tenham consciência das implicações e consequências de suas ações no trânsito. A agressividade e a impulsividade podem transformar uma simples discussão em um episódio de violência física, colocando a vida de todos em risco.

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