Carnaval: Regras e Penalizações para Escolas de Samba em São Paulo e Rio de Janeiro
O Carnaval é época de festa e folia, mas para os componentes das escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro, também é coisa séria. As agremiações seguem regras rígidas nos desfiles, sob risco de penalização e perda de pontos, que pode impactar no título de campeã. Neste artigo, reunimos as principais regras e penalizações que as escolas podem enfrentar na avenida.
Regras e Penalizações em São Paulo
As escolas de samba de São Paulo podem ser penalizadas em 0,1 (um décimo) se a ala especial tiver número de componentes superior ao estabelecido em regulamento, que é de 100 pessoas. Além disso, é necessário alcançar o mínimo de 10 alas de enredo exigidas. O desconto aumenta a cada ala de enredo faltante.
É importante respeitar o tempo mínimo ou máximo de desfile, pois a cada minuto excedido ou antecedido, será descontado 0,2 (dois décimos). Além disso, o número de componentes da comissão de frente não pode ser inferior ao mínimo exigido de 5 pessoas ou superior ao máximo permitido de 15 pessoas.
A quantidade de alegorias também é regulamentada, sendo permitido apresentar apenas 4 alegorias. A cada alegoria excedente ou faltante, serão descontados 0,2 (dois décimos). É importante salientar que nenhuma alegoria pode exceder a altura máxima de 15 metros.
Outras penalizações incluem o uso de força animal para movimentar as alegorias, o uso de tripé ou quadripé com bases de dimensões superiores a 3m x 3m, e o uso de mais de 4 tripés ou quadripés. Se o carro abre-alas não tiver o nome ou símbolo da escola, mesmo em abreviações ou apelidos, também será penalizado.
Algumas proibições específicas incluem cantar sambas antigos após o toque da sirene indicando o início do desfile, apresentar sambas exaltação que façam menção a clubes de futebol, e ter menos de 30 componentes na ala das baianas.
A utilização de símbolos de clubes de futebol em alegorias, adereços, fantasias e indumentárias de merendeiros também é passível de penalização. Além disso, é importante cumprir todas as determinações no que se refere aos alertas de sirene na concentração.
Outras penalizações em São Paulo incluem se a escola se apresentar com menos de 1.500 componentes, comportamento inadequado dos dirigentes ou representantes da escola, uso inconveniente ou discriminatório do microfone durante o desfile, e manifestações racistas, sexistas, xenofóbicas ou homofóbicas.
A utilização de qualquer tipo de merchandising no enredo, alegorias, adereços, alas, destaques ou samba-enredo também é proibida. Além disso, é proibido utilizar fantasias, alegorias, adereços e/ou esculturas usadas por outras escolas durante o desfile oficial, caracterizando-se como "enxerto".
Regras e Penalizações no Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, as escolas de samba também enfrentam regras e penalizações rígidas. Se a escola não desfilar dentro do intervalo de 60 a 70 minutos, será penalizada em 0,1 (um décimo) a cada minuto excedente ou faltante.
Uma falha em uma alegoria que esteja desfilando de maneira acoplada e cause separação, ultrapassando o número máximo de 6 alegorias, também resultará em penalização. Além disso, é proibida a acoplagem em mais de uma alegoria em desfile.
Outras penalizações no Rio de Janeiro incluem desfilar com menos de 200 ritmistas agrupados na bateria e com menos de 60 baianas. É proibida a presença de pessoas do sexo masculino na ala das baianas, com exceção de diretores. Também é proibido utilizar animais vivos, incluindo para tração de alegorias.
Se os integrantes estiverem com a genitália à mostra, decorada e/ou pintada, a escola será penalizada. O uso de instrumentos musicais de sopro ou sons similares na bateria também é proibido. Desfilar com menos de quatro ou mais de seis alegorias, com mais de três tripés, ou iniciar o aquecimento da bateria antes do segundo toque de sirene também resultará em penalizações.
As penalizações mais graves no Rio de Janeiro são para desfiles com mais de 150 componentes de diretoria e apoios, com exceção dos empurradores de alegorias. O uso indevido do microfone durante o desfile, com citações sonoras de eventuais patrocinadores ou com intuito de desabonar a seriedade do espetáculo, também é proibido.
É totalmente proibido qualquer tipo de merchandising (implícito ou explícito) no enredo, alegorias, adereços, alas, destaques, samba-enredo ou quaisquer outros meios, exceto quando relacionado às marcas dos fabricantes dos instrumentos musicais da bateria.
Penalizações Fora da Avenida
Além das penalizações no desfile, as escolas também podem ser penalizadas fora da avenida. Problemas como a não entrega da pasta aos jurados, o não cumprimento de obrigações jurídicas de segurança, entre outras questões, também podem resultar em penalizações.
Além disso, pode haver penalizações financeiras, com multas na casa dos milhares de reais.
Conclusão
O Carnaval é uma festa tradicional e popular, mas as escolas de samba enfrentam regras e penalizações rígidas para garantir a qualidade e o cumprimento das normas nos desfiles. São Paulo e Rio de Janeiro possuem regulamentos específicos que visam garantir a organização e o espetáculo para os espectadores. É essencial que as agremiações estejam atentas a todas as regras e evitem qualquer infração, a fim de evitar penalizações e garantir o sucesso na avenida.
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