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Perícia 3D reconstitui arremesso de garrafa que matou palmeirense em SP e reforça acusação contra torcedor do Flamengo preso

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A perícia em 3D reforça acusação contra torcedor por morte de palmeirense

No mês de julho de 2023, ocorreu uma grave confusão no entorno do estádio do Palmeiras, na Zona Oeste da capital paulista, resultando no ferimento e morte da palmeirense Gabriella Anelli. Após uma investigação minuciosa, o Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo realizou uma perícia em 3D que reproduziu virtualmente a confusão, reforçando a acusação contra o torcedor Jonathan Messias Santos.

Jonathan foi preso em 25 de julho pela Polícia Civil de São Paulo, no Rio de Janeiro, sendo apontado como a pessoa que jogou uma garrafa de vidro. A reprodução em 3D, feita por peritos com o uso de tecnologia a laser e drones, trouxe mais evidências de que Jonathan teria arremessado a garrafa que causou os ferimentos. Essas evidências são fundamentais para a investigação, pois foi possível visualizar a trajetória do objeto e identificar a direção em que foi lançado.

A reprodução em 3D como prova

O escaneamento do local utilizando um aparelho de tecnologia a laser foi fundamental para a criação da reprodução virtual em 3D. Com isso, foi possível obter uma precisão na área reproduzida, inclusive inserindo avatares que representavam as pessoas envolvidas na confusão.

Além disso, o uso de drones permitiu a captura de imagens aéreas que complementaram a análise do local. Essas imagens, combinadas com o registro em vídeo do momento em que a garrafa é arremessada por Jonathan, reforçaram a possibilidade de que ele seria o responsável pelos ferimentos e pela morte de Gabriella.

Os detalhes da acusação

De acordo com os peritos, Jonathan estava em um ambiente propício para a visualização de diversas pessoas à sua frente, inclusive guardas civis metropolitanos e torcedores palmeirenses. O lançamento da garrafa foi realizado em direção à abertura das chapas metálicas, mesmo havendo condições de visualização de outras pessoas durante a trajetória.

Apesar das evidências apresentadas, o laudo pericial deve ser confrontado com outros elementos, como o laudo do Instituto Médico Legal (IML) e depoimentos colhidos pela polícia. O IML apontou que a morte de Gabriella ocorreu em decorrência de ação com agente corto-contundente. Esses elementos serão fundamentais para a definição de um possível julgamento por júri popular.

Relembre o caso

O incidente ocorreu em 8 de julho, horas antes de uma partida de futebol válido pelo Campeonato Brasileiro. Câmeras de reconhecimento facial da arena do Palmeiras auxiliaram na identificação do torcedor do Flamengo, Jonathan Messias. A polícia, então, mapeou os torcedores flamenguistas que vieram do Rio de Janeiro para assistir ao jogo contra o Palmeiras.

A confusão ocorreu em duas partes diferentes do entorno do estádio. Na primeira, registrada em vídeos, é possível observar Gabriella tentando entrar na área destinada aos torcedores do Flamengo. Em seguida, um homem atira uma garrafa em direção aos torcedores palmeirenses do outro lado do portão. Gabriella é vista colocando a mão no pescoço em uma das imagens e, posteriormente, é encontrada caída no chão, sendo socorrida por outros torcedores.

Impacto na vida de Gabriella e sua família

Gabriella era uma frequente frequentadora do estádio do Palmeiras, indo sempre com sua família. O pai dela relatou que o Palmeiras era a vida dela, sendo a diversão e uma forma de encontrar sua identidade.

Infelizmente, Gabriella acabou falecendo em decorrência do ferimento causado pelo arremesso da garrafa. Sua família, que estava presente no estádio durante o incidente, só soube do ocorrido quando Gabriella já estava sendo operada na Santa Casa.

Conclusão

A perícia em 3D realizada pelo Instituto de Criminalística de São Paulo reforçou a acusação contra o torcedor Jonathan Messias Santos no caso do arremesso da garrafa que resultou na morte de Gabriella Anelli.

As evidências apresentadas pela reprodução virtual e pelo registro em vídeo são fundamentais para o desenrolar do caso, mas ainda é necessário confrontá-las com outros elementos como o laudo do IML e os depoimentos colhidos pela polícia. A investigação segue em andamento e caberá ao juiz decidir se o caso será levado a júri popular.

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